No Brasil, 2011 foi um ano cheio de fatos inusitados, do massacre na escola de Realengo às manifestações dos alunos da USP, das explosões de bueiros no Rio ao assassinato da juíza Patrícia Acioli. Relembre alguns dos fatos mais marcantes.
Chuvas na Região Serrana do Rio
As chuvas deixaram cerca de 900 mortos
No dia 12 de janeiro, choveu em 24 horas o previsto para todo o mês, deixando mais de 900 mortos, 400 desaparecidos e cerca de 30 mil desabrigados.
A população da Região Serrana também enfrentou uma epidemia de leptospirose, provocada pelo contato com a urina de rato.
Atirador realengo
Atirador realengo
O atirador assassinou 12 crianças
No dia 7 de abril, Wellington Menezes, ex-aluno da Escola Tasso da Silveira, invadiu a unidade de ensino se passando por palestrante e assassinou 12 crianças, se matando após trocar tiros com um policial na escadaria do colégio.
Explosão de bueiros do Rio
Mais de 240 bueiros com risco de explosão já foram identificados
Nos meses de julho e agosto a capital fluminense se transformou em um campo minado, com bueiros explodindo em várias partes da cidade aterrorizando os moradores e turistas.
A maioria dos bueiros que pegaram fogo eram da concessionária de energia elétrica Light, mas os especialistas afirmam que a CEG, responsável pelo fornecimento de gás, também era responsável.
A Prefeitura contratou uma empresa para mapear os bueiros com risco de explosão para evitar novos acidentes. Mais de 240 já foram encontrados em situação crítica.
Assassinato da juíza Patrícia Acioli
Patrícia Acioli foi assassinada com 21 tiros
O assassinato da juíza Patrícia Acioli, no dia 11 de agosto, revelou a fragilidade da Polícia Militar do Rio de Janeiro ao descobrir-se que o crime fora planejado e executado por agentes da corporação.
As investigações revelaram que o então comandante do Batalhão de São Gonçalo, o tenente-coronel Cláudio Luis de Oliveira, havia sido o mandante da execução.
Ocupação da Rocinha
A ocupação da favela da Rocinha ocorreu pacificamente
A captura do chefe do trafico da Rocinha, Antônio Bonfim Lopes, o Nem, poucos dias antes daocupação da favela garantiu o sucesso da operação deflagrada no dia 13 de novembro de forma pacífica.
A Operação Choque de Paz também ocupou as comunidades vizinhas do Vidigal e Chácara do Céu.
A mulher do traficante, Danúbia Rangel, também foi presa alguns dias depois da pacificação, acusada de associação com o tráfico.
Revolta dos alunos da USP
Os estudantes da USP queriam a retirada da PM do campus
Em maio, o estudante Felipe Ramos de Paiva foi morto a tiros em uma tentativa de assalto no estacionamento da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da USP, ocasionando um plebiscito entre os alunos da Escola Politécnica, que se mostraram favoráveis à presença da Polícia Militar no campus.
Depois de firmado convênio para o reforço policial, os PMs prenderam em outubro três estudantes flagrados com maconha. Houve confronto entre os agentes e alunos.
Os universitários acabaram ocupando o prédio da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e depois invadiram a reitoria exigindo a saída da PM do campus.
A polícia entrou na reitoria para fazer valer o mandato de desocupação entregue aos estudantes e prenderam 72 manifestantes, liberados com o pagamento de R$ 545 de fiança.