Pesquisador brasileiro cria sistema de segurança para armas de fogo que evitaria grande parte dos acidentes: um chip implantado na pele que impede o disparo por qualquer um que não o dono. O mecanismo foi desenvolvido pensando especialmente na segurança de crianças e adolescentes.
Ele poderia evitar casos como o do menino de 10 anos de São Caetano do Sul (SP), que atirou contra a professora na escola e depois contra si. "Disparos acidentais ou suicídio com armas de fogo são a segunda maior causa de morte entre crianças e adolescentes no mundo, perdendo apenas para traumatismos”, diz o Dr. Mário Gazziro, responsável pelo projeto.
A “arma eletrônica” possui uma bobina em seu interior que só é destravada, via rádio, na presença do chip, uma peça de 9 mm por 1,2mm que passa pela agulha da injeção e é alojada próxima ao dedo mindinho da mão . “Essa é uma região com pouca gordura e poucos vasos sanguíneos”, explica Gazziro, pós-doutorando do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).
O chip funciona entre 5 e 10 cm da arma, e, depois de ser identificado, leva 5 milionésimos de segundo para acionar e destravar o circuito. Há pouco mais de um ano, o pesquisador se tornou cobaia de seu próprio experimento e teve implantado, na mão esquerda, um chip.
“Ele vem revestido de um material não rejeitado pelo organismo e é muito mais preciso e seguro do que um sistema de digitais", conta. A primeira versão do projeto, para uso civil, já está pronta e disponível para empresas interessadas em instalar o chip nas armas. Até o final do ano, alguns policiais de Minas Gerais devem começar a testar o equipamento no dia a dia.
Mas os planos do dr. Gazziro, que é também docente do Instituto de Ciências Matemáticas e da Computação da USP, vão além do simples bloqueio da arma. Software O projeto da arma eletrônica pode ganhar uma versão upgrade para calibres maiores, como rifles: a ideia é colocar GPRS, 3G e GPS nesses dispositivos, criando um sistema de rastreamento de disparos em tempo real.
“Já começamos a desenvolver esse software que, no momento do disparo, registrará onde, quando e quem disparou”, explica Gazziro. “Já possuímos um sistema de rastreamento de animais, como o gado, via chip. Por que não fazer o mesmo com armas?”.
Fonte: http://info.abril.com.br/noticias/cienci...011-39.shl
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