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segunda-feira, 11 de março de 2013

Alpinista paraibano está desaparecido


Era a terceira vez que o paraibano Josenildo Correia da Silva escalava o Aconcágua (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)Josenildo Correia desapareceu quando escalava o monte Aconcágua.
Era a terceira vez que o paraibano tentava chegar ao cume. 

Era a terceira vez que o paraibano Josenildo Correia da Silva escalava o Aconcágua (Foto: Arquivo Pessoal)
A esposa do alpinista paraibano Josenildo Correia da Silva, que desapareceu desde a última quarta-feira (6), no monte Aconcágua, disse neste domingo (10) que concluir a expedição e chegar ao cume do monte era o grande sonho do seu marido.
“Era o sonho dele, sempre que ele ia e voltava, ele dizia que não ia mais, mas passava algum tempo e ele já começava a falar em ir de novo”, disse Alessandra Pereira, esposa de Josenildo. Segundo Alessandra, era a quarta grande escalada que o esposo fazia, e sua terceira ida ao monte Aconcágua.
“Ele sempre ia na meia temporada, porque em alta temporada é mais caro e as condições não davam, e nesse período o frio é maior, das outras vezes ele teve que desistir antes de concluir a escalada por causa do frio, mas agora ele queria alcançar o cume”, falou.
Josenildo é casado com Alessandra há 15 anos e têm uma filha (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)Josenildo é casado com Alessandra há 15 anos; o
casal tem uma filha
(Foto: Arquivo Pessoal)
Josenildo e Alessandra são do município deGuarabira, que fica no Brejo paraibano, a 104 km da capital João Pessoa, eles são casados há 15 anos e têm uma filha, ele trabalha como funcionário de uma distribuidora de bebidas e ainda tem outros dois filhos do seu primeiro casamento. De acordo com Alessandra, o marido é apaixonado pelo alpinismo.
“Ele começou a fazer escaladas há dez anos na Pedra da Boca, em Araruna e sonhava em fazer no gelo, ele começou a ler livros e ver reportagens sobre o assunto e se comunicar com outras pessoas pela internet, todas as viagens que ele fez ele arrumava tudo pela internet, conhecia as pessoas e acertava”, disse.
Josenildo estava em um grupo formado por cinco pessoas, sendo três de Limeira, em São Paulo, ele e um mineiro. Conforme o empresário paulista Paulo Cesar Bussamara, que fazia parte do grupo, as condições climáticas no monte estavam difíceis e a equipe foi se desfazendo aos poucos. Bussamara foi o primeiro a desistir, no dia 28 de fevereiro.
“Não pude continuar, tive uma infecção dias antes da viagem e comecei a não me sentir bem durante a expedição”, afirmou. O último do grupo a ver Josenildo foi Ademir Silva, também de Limeira.
“O Josenildo estava muito obstinado em chegar ao topo. Ele disse que desta vez não tinha ido ao Aconcágua por brincadeira”, afirmou Bussamara.O objetivo da expedição, conta o empresário, era chegar ao cume do monte Aconcágua, que tem quase 7 mil metros de altitude.
Alessandra Pereira disse que foi informada do desparecimento do esposo por meio de um amigo dele e do Itamaraty, ela relatou que tem vivido dias muito difíceis e que tem contado com o apoio de toda a família dela e da família do marido.
“Eu estou muito apreensiva, muito mal, eu quero saber notícias dele e não tenho”.
Segundo o Palácio do Itamaraty, o consulado brasileiro em Mendoza está em contato com a equipe de buscas e que está dando todo o auxílio necessário para os outros brasileiros que acompanham o trabalho de resgate.
O Aconcágua é o ponto mais alto das Américas. O pico fica localizado nos Andes argentinos, a cerca de 110 quilômetros de Mendoza. A montanha representa um desafio para os alpinistas, que têm de enfrentar o frio e a escassez de oxigênio, comum em grandes altitudes, para tentar atingir o seu pico.

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