Nos próximos meses começará em Campinas, interior de São Paulo, as obras para a construção do novo acelerador de partículas brasileiro no LNLS (Laboratório Nacional de Luz Síncrotron). O equipamento de terceira geração foi batizado de Sirius.
O projeto está em fase de finalização. A estimativa é de que o valor total fique em torno de R$ 650 milhões. O investimento será bancado pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. O governo de São Paulo contribuiu com a desapropriação de um terreno de 150 mil metros quadrados.
O Sirius é o principal projeto científico desenvolvido no País. A expectativa é de que, quando estiver pronto, em 2016, o acelerador de partículas se transforme em atrativo para renomados cientistas internacionais, o que contribuiria para a troca de conhecimento com os jovens brasileiros.
O diretor do LNLS, Antonio José Roque da Silva, destacou a importância do novo acelerador. “Ao construirmos um equipamento que terá uma das tecnologias mais modernas de todo o mundo, pesquisadores de outros países terão interesse em trazer seus estudos para o Brasil”
Desde 1997, o País tem em funcionamento um acelerador de elétrons de segunda geração no LNLS. “O Sirius será uma terceira geração e possibilitará estudos que no momento não podemos desenvolver. Será um ganho de benefícios para várias áreas”, explica Roque da Silva.
Função do novo acelerador
O Sirius ampliará a capacidade de emissão de radiação com maior brilho proveniente da aceleração de elétrons (luz síncrotron). O equipamento também permitirá elevar a faixa de alcance de raios X duros, o que possibilitará penetrar em estruturas mais espessas.
“O novo acelerador oferecerá condições melhores de estudo”, diz Roque da Silva. “Com a energia mais alta, conseguiremos penetrar em materiais que não conseguimos estudar hoje, como cimento e o aço. Esses resultados permitirão a construção de análises com imagens tridimensionais”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário