Um fenômeno inusitado aconteceu na China.
Um raro relâmpago conhecido pelo nome de “jato gigante” impressionou muitos pesquisadores em 2010, quando acreditavam que só poderia ocorrer em regiões tropicais e subtropicais.
O ‘jato gigante’ são descargas elétricas em forma de árvore, que ocorrem acima das nuvens de tempestade e conectam-se com o espaço. Um novo estudo realizado pelos pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências pode ajudar a compreender melhor o fenômeno ocorrido.
O relâmpago é uma descarga eletrostática maciça causada pelo desequilíbrio de cargas elétricas na atmosfera, enquanto o relâmpago ‘jato gigante’ é uma forma de descarga elétrica que ocorre acima das nuvens de tempestade.
Ele está incluído na lista de “Eventos Luminosos Transientes” (emissões ópticas de curta duração e, em geral, de luminosidade menor do que o relâmpago, que se desenvolvem na média e alta atmosfera), que incluem os chamados Jatos Azuis, Duendes e Elfos. Esses fenômenos se diferem pela cor e a altura que apresentam do solo. Os Duendes, por exemplo, tem coloração vermelha e correm de 30 a 90 km de altitude.
O líder da pesquisa Jing Yang, um cientista atmosférico, e outros pesquisadores realizaram uma análise com várias ferramentas, dados de radar Doppler (utilizado para mensurar a velocidade radial de alvos das antenas) e imagens meteorológicas infravermelhas.
Eles descobriram que o jato atingiu um pico de cerca 89 quilômetros acima do solo, muito além dos topos de nuvens medidos pelo radar Doppler, a uma altitude de 17 quilômetros.
As conclusões do estudo Dr. Yang em ‘jatos gigantes’ foi publicado no Boletim de Ciências Chinesas. O documento conclui que “o jato gigante estabelece conexão elétrica direta entre a tempestade e a ionosfera, e transfere dezenas a centenas de Coulomb (unidade de carga elétrica usada pelo Sistema Internacional) da nuvem de tempestade para a ionosfera".
Os jatos gigantes viajam mais rapidamente e vão mais longe que os relâmpagos convencionais. Isso ocorre porque o ar mais rarefeito entre as nuvens e a ionosfera oferece menor resistência e assim os jatos alcançam grandes altitudes.Esses fenômenos só foram registrados cinco vezes desde 2001 e os cientistas ainda não sabem que condições ou que tipos de tempestades favorecem a formação do ‘jato gigante’. O primeiro jato confirmado foi em 2001, acima das nuvens do observatório de Arecibo, Porto Rico.
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