A menina que disse ter ficado grávida após um estupro cometido pelo padrasto mentiu para a polícia, segundo informou ao G1 nesta quinta-feira (17) o delegado que investiga o caso, Elton Galindo. Ele mostrou o resultado do teste de gravidez feito na garota, que deu negativo, e disse ainda que um outro exame revelou que a jovem era virgem.
Pela manhã, conforme o delegado, a menina foi confrontada acerca dos resultados na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca). Ela confessou que havia inventado a história por raiva do padrasto, visto que ele era agressivo com a menina e os irmãos.
“Mentir para a policia pode gerar consequências graves, tanto para o inocente que foi acusado quanto para quem acusou falsamente”, afirma o Galindo. A jovem vai responder por ato infracional análogo a denunciação caluniosa.
O suspeito não responderá mais por estupro de vulnerável, como havia sido cogitado pela polícia, mas por maus-tratos em função da violência praticada contra as crianças. Ele tem um mandado de prisão em aberto por homicídio, crime pelo qual é condenado. O advogado do padrasto, conforme Galindo, disse que vai apresentar seu cliente na manhã de sexta-feira (18).
A mãe também será indiciada por maus-tratos, mas não será presa porque este é considerado crime de menor potencial ofensivo.
Ainda conforme o delegado, o caso será encaminhado para a Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (Deaij), onde será encerrado e depois encaminhado ao Ministério Público. A garota pode ser encaminhada para uma Unidade Educacional de Internação (Unei) se a Justiça assim decidir.
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