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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

EUA acusam agentes do Irã de plano para assassinar embaixador em Washington

Holder (em primeiro plano), secretário de Justiça, e Mueller, diretor do FBI (Getty)Holder (em 1º plano) acusou 'facções do governo iraniano' de plano de assassinato


O secretário de Justiça dos Estados Unidos, Eric Holder, acusou nesta terça-feira agentes ligados ao governo do Irã de estarem por trás de um plano para assassinar o embaixador da Arábia Saudita em Washington, Adel al-Jubeir.
"A denúncia criminal revelada hoje expõe um plano mortal dirigido por facções do governo iraniano para assassinar um embaixador estrangeiro em solo americano com explosivos", disse Holder, em entrevista coletiva na capital americana.

"Os Estados Unidos estão comprometidos em garantir que o Irã seja responsabilizado por suas ações", disse o secretário, ao afirmar que a Casa Branca deverá anunciar ações relativas ao tema nas próximas horas.
Dois iranianos, Gholam Shakuri e Manssor Arbabsiar, foram indiciados por sua suposta participação no plano e devem responder a diversas acusações, entre elas a de conspiração para assassinar um oficial estrangeiro, para usar uma arma de destruição em massa e para cometer atos de terrorismo internacional.
Segundo Holder, o plano foi "concebido, patrocinado e dirigido pelo Irã" e constitui uma flagrante violação das leis americanas e internacionais, "incluindo a convenção que explicitamente protege diplomatas".
Logo após as declarações de Holder, um porta-voz do governo iraniano negou as acusações e disse que são "pré-fabricadas" para desviar a atenção do público dos problemas domésticos dos Estados Unidos.

Acusados

Um dos acusados, Shakuri, é membro da Força Quds, a unidade de elite responsável pelas operações internacionais da Guarda Revolucionária do Irã, e permanece foragido.
Os Estados Unidos consideram a Força Quds suspeita de patrocinar ataques contra as forças da coalizão internacional no Iraque e de apoiar o Talebã e outras organizações consideradas terroristas pelo governo americano.
Ou outro acusado, Arbabsiar, tem dupla cidadania iraniana e americana e foi preso em 29 de setembro, no aeroporto internacional John F. Kennedy, em Nova York.
De acordo com informações do Departamento de Justiça com base nas acusações formalizadas contra os dois iranianos, Arbabsiar teria confessado sua participação no plano.
Ele deverá comparecer a um tribunal em Manhattan ainda nesta terça-feira. Caso condenado, pode ser sentenciado à prisão perpétua.
O diretor do FBI, Robert Mueller, que também participou da entrevista, disse que "muitas vidas" poderiam ter sido perdidas caso o plano não fosse descoberto a tempo.
Pouco após o anúncio, o Departamento do Tesouro anunciou sanções contra os dois acusados e outros três iranianos, membros do alto escalão da força Quds e também suspeitos de participação no plano.
Eles terão seus bens nos Estados Unidos congelados e serão proibidos de manter negócios com cidadãos americanos.

Investigações

As investigações que levaram à descoberta do plano se estenderam durante vários meses.
Segundo o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Tommy Vietor, o presidente americano, Barack Obama, foi informado sobre a trama ainda em junho e ordenou total apoio às investigações.
Em maio, Arbabsiar teria se encontrado, no México, com um informante da agência antidrogas dos EUA que se passava por membro de um cartel de narcotraficantes.
O Departamento de Justiça diz que o encontro foi o primeiro de muitos e que "elementos do governo iraniano" pretendiam pagar US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 2,6 milhões) ao informante para que assassinasse o embaixador saudita.
Segundo o governo americano, as autoridades do México tiveram um papel importante nas investigações.

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