Depois de lesão cervical, Fabiana já quer voltar a competir na Copa do Mundo do Japão, em novembro
Foto: Aloisio Maurício/Terra
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O apelido de Pocahontas não é por acaso. Assim como a personagem do desenho da Disney - feito com base na história real de uma indígena norte-americana, um mito histórico - Jaqueline é vista como uma guerreira por suas colegas e amigas do vôlei. Poucos meses após perder um bebê, ela enfrenta outro grande desafio em sua vida pessoal e profissional.
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Ouro nos Jogos Olímpicos Pequim, tricampeã do Grand Prix e vice campeã mundial, Jaqueline disputaria seu primeiro Pan. Ao Terra, antes da fratura, ela não quis reclamar nem da fila pela comida no refeitório, que vem atrapalhando alguns atletas, ou desmerecer a importância da competição.
"Eu não tenho nada que criticar, estou adorado. Poucos têm essa oportunidade, e eu estou tendo essa oportunidade. Muita gente queria estar aqui, tenho que agradecer". Hospedada em um hotel junto à Seleção Brasileira, ela disse que preferia ficar na Vila Pan-Americana, com outros atletas, mas que "estando aqui, em qualquer canto está bom".
Assim é Jaqueline, otimista, mesmo quando o pessimismo insiste em bater a porta. Mesmo sentida por ter perdido seu filho com o também jogador Murilo recentemente, ela brincou ao dizer que os planos de maternidade agora vão ser no ritmo do "deixa a vida me levar". Evangélica e com apenas 28 anos, ela sabe que ainda tem tempo para ser mãe.
Nascida no Recife, Jaqueline não tem problemas em ser a musa do público masculino. "Acho que as pessoas te acharem bonita é bom, imagina alguém chegar para você e dizer que você é feia? Não, eu adoro. Meu marido já me conhece, sabe como eu sou. Eu gosto", conta. Sobre Murilo, também jogador de vôlei da Seleção, ela diz que ele não gosta muito que ela saia de maquiagem. "Para ele eu sou bonita de qualquer jeito, até quando acordo, mas não é bem assim, não", brinca Jaqueline, "se me acham bonita, pô, que bom".
Para viagens mais longas, a jogadora conta que faz "barba, cabelo e bigode" antes de sair do Brasil. Com as unhas feitas, pintadas de rosa, Jaqueline disse que é a manicure do time, além de ser referência para cremes e outros produtos de beleza. "Ganhei a eleição da mais vaidosa da equipe. Minha mãe é assim, acho que vem de berço".
Na Seleção Brasileira desde 2001, quando tinha 18 anos e foi eleita a melhor jogadora do Mundial Juvenil, Jaqueline teve um início de carreira marcada por lesões. Em 2002, operou o joelho por conta de uma contratura e seis meses depois, no segundo dia de treino, torceu o mesmo joelho e foi submetida a mais uma cirurgia. Além disso, teve problemas de circulação na mão.
Já em 2007, às vésperas do Pan, foi pega no exame antidoping e ficou fora da competição por conta do CLA, que continha sibutramina e que a atleta usava para queimar gordura, mas não sabia que estava suspenso no Brasil. Em 2008, a pernambucana voltou e participou das conquistas do Grand Prix e da inédita medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008.
Com a fratura cervical ocorrida no primeiro jogo do Pan de Guadalajara, Jaqueline corre o risco de ficar de fora da Copa do Mundo, disputada entre 4 e 8 de novembro no Japão e que vale vaga para os Jogos Olímpicos de Londres. Ao treinador José Roberto Guimarães, porém, ela já avisou que quer participar. Ele, por sua vez, disse que se dependesse dela, a atleta tirava o colar e jogava até os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Porque ela é assim, disse o treinador.
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