Em outubro, a vacina será testada na eficácia do tratamento de pacientes com HIV
Um grupo de pesquisadores espanhóis criou um protótipo de vacina contra o vírus HIV "muito mais potente" que os desenvolvidos até agora no mundo, que conseguiram uma resposta imune para 90% das pessoas sadias expostas ao vírus. A descoberta foi apresentada nesta quarta-feira pelos responsáveis pela pesquisa.
Mariano Esteban, do Centro Nacional de Biotecnologia do Conselho Superior de Pesquisas Científicas da Espanha (CSIC); Felipe García, do Hospital Clínic de Barcelona; e Juan Carlos López Bernaldo de Quirós, do Hospital Gregorio Marañón de Madri, informaram que os testes em ratos e macacos mostraram grande eficácia e, há cerca de um ano, 30 pessoas sadias foram submetidas ao tratamento.
Escolhidas entre 370 voluntários, seis pessoas receberam placebo e 24 a vacina, que apresentaram "poucos" e "leves" efeitos secundários como dores de cabeça e na zona da injeção e mal-estar geral, assim "a vacina é segura para continuar com o desenvolvimento clínico do produto", declarou Quirós.
Agora os pesquisadores querem realizar um novo teste clínico com voluntários infectados pelo HIV para saber se a droga, além de prevenir, pode tratar a doença.
"Já provamos que a vacina pode ser preventiva. Em outubro, vacinaremos pessoas infectadas com HIV para ver se serve para curar. Geralmente, os tratamentos antirretrovirais (combinação de três remédios) devem ser tomados rigorosamente, algo insustentável em lugares tão afetados pela aids como a África", apontou García.
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